IMBASSAÍ (Bahia)
1.
Imbassaí Grand Palladium Resort & Spa
Pensando
também em quem viaja a dois e prefere o silêncio ao barulho das crianças, uma
das vilas só hospeda casais. No mais, à exceção das suítes, não há diferença
entre os quartos, todos eles espaçosos, com uma providencial rede na varanda.
A praia
fica a dez minutos de caminhada, com acesso por uma passarela de madeira, e há
carrinhos elétricos para ajudar no transporte de quem precisa ou não está a fim
de caminhar. Paralelo à praia, o Rio Imbassaí é servido por caiaques e pranchas
de stand up paddle, basta se animar para descer o curso d’água. Um bar e um
restaurante fornecem os drinques e comidinhas all-inclusive para os hóspedes
que relaxam nas redes e espreguiçadeiras à sombra dos coqueiros.
“Rivalizando”
com a praia, as piscinas atraem um grande público do resort. A maior delas tem
pontes de madeira até o bar. Lá os recreadores mandam ver nas aulas de
hidroginástica e zumba. Para quem viaja com bebês, o trecho mais concorrido é o
da praia artificial, cujo parque aquático infantil tem como grandes estrelas um
mini toboágua e um balde que despeja água na criançada. Quer pegar uma piscina
sem ouvir os últimos hits da axé music? Há uma área reservada só para os
adultos num cantinho afastado da muvuca. Também em lugar mais tranquilo, o spa
realiza uma série de tratamentos (cobrados à parte) e reúne academia, sauna e
piscina com correnteza.
Os
restaurantes concentram-se abaixo do lobby: dois funcionam no sistema de bufê,
bom para atender tanta gente, e três, sob reserva, são à la carte – o japonês é
o mais disputado. A noitada invariavelmente termina com uma balada na
danceteria próximo ao lobby.
Por que é
bom para crianças
Dos
recém-nascidos aos pré-adolescentes, o lazer contempla todas as faixas etárias.
Para os menores, há um baby center, com brinquedinhos e berços – os pais também
podem contratar babá por período e alugar um carrinho. A galerinha até os 12
anos corre atrás dos monitores em atividades por todo o hotel, sempre
culminando com uma passada pelos brinquedos do Mini Clube.
Para os
adolescentes, há um espaço com sala de jogos e videogame. À noite, sempre rola
dois shows no teatro, primeiro para o público infantil (com a participação
deles), seguido por um espetáculo adulto. Como as vilas são bem distribuídas,
cada uma tem a sua copa da mamãe, com leite e frutas frescas.
PRAIA
DO FORTE (Bahia)
2.
Iberostar Bahia
Localizados
dentro de um condomínio fechado a 8 km do centrinho da Praia do Forte, os
all-inclusive Iberostar Praia do Forte e Iberostar Bahia contam com quase 1 200
acomodações e dividem um portentoso campo de golfe, um spa recheado de
tratamentos e a praia. Mas há diferenças, sutis diferenças, entre os dois
resorts, os principais da rede
espanhola Iberostar no Brasil. Em tese, quem viaja com criança é direcionado ao
Iberostar Bahia, mas isso não significa que uma criança não possa ficar no
Praia do Forte. Inclusive a mobilidade entre os resorts é livre, apenas as
refeições devem ser feitas onde se está hospedado.
Para
reforçar o clima de baianidade, logo no lobby, estátuas de divindades do
candomblé dão as boas-vindas aos hóspedes. Na chegada aos quartos, o espaço é tal que comporta bem
três adultos e uma criança. Como o mar nem sempre tem ondas amistosas,
entra em cena o conjunto de piscinas – desde aquela com axé no volume máximo,
na qual os monitores entretêm a galera, até uma para relax total, sem música,
ideal para curtir com o bebezinho. As refeições são feitas em um
restaurante central, com amplo bufê, mas há também espaços especializados, como
uma steak house e um japa, que devem ser reservados até um limite de repetições
de acordo com a quantidade de diárias do hóspede.
Por que é
bom para crianças
A
molecada se diverte a valer em meio ao calor baiano. Além de brinquedos
variados, o kids club tem uma piscina infantil separada do complexo aquático.
Para os mais velhos, até os 17 anos, há um espaço com salão de jogos e vídeo
game. À noite rola uma baladinha ao som de Anitta, Alok e afins. As atividades
terminam com dois shows noturnos no teatro do hotel, o primeiro sempre voltado
às crianças. Pensando no bem-estar dos pequeninos, o spa ainda criou
tratamentos especiais para o bebê e estéticos para a garotada.
PORTO
SEGURO (Bahia)
3.
La Torre Resort All-Inclusive
Dentre os
resorts litorâneos do Nordeste que funcionam no sistema all-inclusive, o La
Torre é um dos poucos que não estão diretamente na areia da praia. Mas também não está longe: basta atravessar
a rua, ou melhor, a estrada que liga Porto Seguro a Santa Cruz Cabrália. A
praia em questão é a do Mutá, uma das mais tranquilas da região, com água morna
e calma, protegida por uma barreira de recife.
O resort
dispõe de um clube de praia que garante a infra para o hóspede e, se não
alcança os decibéis das mega barracas da vizinha Taperapuã, não se furta a
tocar os clássicos e as novidades do axé em volume elevado, com os instrutores
de dança a postos para ensinar os passos na areia.
Uma vez
por lá, o público costuma almoçar no próprio Bar da Praia. O local ainda recebe
festas todas as noites, exclusivas para os hóspedes, que podem fechar a
programação no mesmo
ritmo agitado do dia. Apesar dos 250 quartos, o terreno não é tão grande. Quase
tudo está ao redor da piscina principal, outro point efervescente, diferente do
tchibum tranquilo proporcionado pelas piscinas menores de outras alas.
O
circuito de arvorismo agrada adultos e crianças mais velhas, que ainda podem se
arriscar no slackline e nas aulas de capoeira e malabares. Para a molecada mais
nova, os monitores organizam brincadeiras por todo o hotel. E os bebês têm um
cantinho com brinquedos. Fora do hotel e do all-inclusive, quem quiser explorar
a região pode fazer passeios de barco e pedalar por quatro roteiros pelas ruas
da cidade ou trilhas.
Por que é
bom para crianças
Porto
Seguro já não tem o viço dos anos 90, mas ainda é um destino alto-astral.
Hospedar-se em um resort all-inclusive numa praia de águas rasas e mornas – e
afastada do agito – é uma mão na roda para quem viaja com crianças pequenas.
Atividades como capoeira e malabares não são tão comuns em resorts desse gênero.
MARAGOGI (Alagoas)
4.
Salinas do Maragogi All-Inclusive Resort
Turistas
de todos os cantos vão a Maragogi conhecer suas galés – recifes a 6 km da costa
que represam água na altura da cintura. Quando a maré sobe (e não há passeio),
a cidade volta à calmaria. Menos em um lugar: o Salinas do Maragogi. Com quase
30 anos, o resort é um dos mais queridos por famílias em férias. Cortado pelo
Rio Maragogi, por onde os hóspedes passeiam de caiaque e SUP, fica de frente
para um generoso trecho de praia.
Após o
café da manhã, a maioria dos hóspedes atravessa a ponte que separa a maior ala
de quartos e o restaurante central do restante do complexo, em direção à praia,
e encontra o conjunto de piscinas e o bar que não para de servir frutos do mar
e cerveja para a galera.
Além das
atividades tradicionais, o resort tem uma área mais radical, com arvorismo e
uma tirolesa que despenca em direção ao Rio Maragogi. Uma agência instalada no
hotel organiza os passeios para as galés, além de promover saídas de mergulho.
Nos limites do resort, há desde um playground de plástico para as crianças
pequeninas até uma monitoria barulhenta e um kids clube bem equipado para a
meninada que vai dos 4 aos 12 anos.
Por que é
bom para crianças
Um dos
resorts prediletos das famílias, o Salinas fica em um terreno relativamente
plano e compacto. A proximidade com a cidade auxilia no caso de um perrengue. O
pique dos tios da recreação garante que a galerinha se divirta bastante em
atividades terrestres e aquáticas.
PORTO
DE GALINHAS (Pernambuco)
5.
Summerville Beach Resort
Aberto no
ano 2000, o Summerville estreou a leva de resorts que tornaria Porto de
Galinhas uma campeã de turistas do litoral brasileiro. E não só. A configuração
do hotel também criaria uma tendência, na qual uma enorme piscina sai do
lobby/restaurante e segue até a praia, ladeada por blocos de quartos e
bangalôs. São 1 200 m² de piscina com passarelas de madeira, toboágua, cascata,
área rasa com espreguiçadeiras, trecho para aulas de hidroginástica, área
infantil…
Alternar
banhos de piscina com o mar, ali, torna-se óbvio. O trecho da Praia de Muro
Alto onde está o resort tem pedras e, em certas horas, ondas fortes. Por isso,
o hotel monta uma base de praia mais ao lado, em área do mar protegida por uma
barreira de recifes, tão calma que caiaques e pranchas de stand up paddle ficam
disponíveis para os hóspedes.
Capitulo
à parte, o spa, na cara da praia, permite ao hóspede relaxar na massagem ou na
jacuzzi vendo o mar.
Quando
não estão na piscina ou praia, há grandes chances de as crianças estarem
fazendo atividades com os monitores, ponto forte do lazer infantil ou brincando
no kids club. Aliás, há um restaurante só pra elas por lá. Para os pais, o bufê
do almoço privilegia receitas nordestinas e frutos do mar, e o jantar, pratos
de um país diferente por vez. Também à noite, o restaurante Quebramar, de
frente para a praia e não incluído na diária, serve um menu degustação.
Por que é
bom para crianças
Porto de
Galinhas é um destino cada vez mais família e, dos grandes resorts, o
Summerville é o que tem a melhor relação conforto/atividades infantis/conjunto
aquático/banho de mar.
RIO
QUENTE (Goiás)
6.
Rio Quente Resorts
O
ininterrupto vaivém de vans fazendo traslados para o Parque das Fontes não
deixa dúvidas: a diversão dura 24 horas no Rio Quente Resorts, o maior complexo
hoteleiro do Centro-Oeste do Brasil. A primeira fonte de águas quentes da
região foi descoberta na futura Caldas Novas, em 1722, durante uma expedição
bandeirante em busca de ouro e outros minérios. Os hotéis começaram a surgir na
década de 60, entre eles a Pousada do Rio Quente. Esse nome, familiar para quem
tem mais de 40 anos, não condiz mais com a magnitude do atual Rio Quente
Resorts.
Localizado
aos pés das suas nascentes de água termal do Parque Estadual da Serra de Caldas
Novas, o complexo surgiu em 1964 com o Hotel Pousada e o Parque das Fontes (com
piscinas a 37ºC), cresceu na década seguinte com o Hotel Turismo (que tem
paisagismo de Roberto Burle Marx) e, já famoso, foi o grande responsável por
emancipar o então distrito de Rio Quente de Caldas Novas, em 1988. Em 1997,
ganhou o Hot Park, parque aquático com a maior praia artificial do mundo e mais
de 20 atrações, entre eles toboáguas como o Xpirado, com 32 m de altura e 146 m
de comprimento, e o Half Pipe, escorregador aquático inspirado nas pistas de
skate com quase 90° de inclinação.
O Parque
das Fontes (exclusivo dos hóspedes) e, principalmente, o Hot Park (aberto ao
público) são até hoje as grandes atrações de Rio Quente. A referida Praia do
Cerrado, por exemplo, tem 210 m de comprimento, areia branquinha, piscina de
ondas e é dividida em três partes: a Praia do Bikini, com shows e esportes na
areia; a Praia dos Sonhos, só para hóspedes (mesmo estando no Hot Park); e uma
praia dedicada às crianças.
Atividades
como mergulho, tirolesa e paintball são cobradas, assim como o espaço Bird
Land, um viveiro com micos, papagaios e araras. Para suportar tamanha
estrutura, o complexo inaugurou o Cristal Resort, na parte alta do terreno, com
um pôr do sol incrível; o Giardino, o Suítes & Flat I e o Suítes & Flat
III, a 800 m da portaria, mas com traslados 24h; e o econômico Eco Chalés, a 4 km
e sem transfers, mas ao lado do Eko Aventura, parque de esportes radicais, com
rafting, arvorismo e tirolesa. Como as diárias contemplam apenas café e almoço
(no Eco Chalés, apenas café), além do transporte e do acesso livre aos parques,
prepare-se para incluir o jantar no orçamento da viagem.
Por que é
bom para crianças
Há tanta
coisa pra fazer que é possível ficar dias sem repetir atividade. Enquanto a
monitoria cuida dos pequenos, os adultos se banham sossegados. As piscinas mais
calmas do Parque das Fontes são ótimas para pais e filhos. No Hot Park, o
Hotimbum é um brinquedo infantil com toboáguas, e a Praia do Cerrado tem uma
área com águas tranquilas para crianças – adolescentes preferem a parte com
ondas. No Eko Aventura, há tirolesas menores para os guris.
ATIBAIA (São Paulo)
7.
Bourbon Atibaia Convention & Spa Resort
Quem
trafega pela Fernão Dias vindo de SP, ao passar por Atibaia, consegue ver ao
longe a imponente construção branca com teto verde que já virou um
cartão-postal da cidade. Se parece um hotelão executivo a partir da rodovia, de
perto sua majestosa área de 400 mil m² abriga um dos mais completos resorts de
campo do país.
São 572
espaçosos quartos distribuídos em 11 andares, os de frente com vista para
Atibaia com a Pedra Grande ao fundo, lembre-se disso na reserva – se você não
se importar com o afastado barulho da Fernão Dias, claro.
Lazer e
convenções vivem em harmonia no resort, graças à localização do centro de
eventos no subsolo, fora do trânsito das famílias. Aliás, o grosso da área de
lazer fica na parte baixa do terreno, longe até do prédio principal – carrinhos
ajudam na locomoção de quem precisar. Estão nesse pedaço o bom conjunto de
piscinas, as quadras poliesportivas, o campo de paintball e a área de arco e
flecha. O vistoso campo de futebol, porém, é de uso restrito das equipes
profissionais– quem sabe você não pega seu time de coração treinando lá?
As refeições
incluídas são feitas no envidraçado restaurante central, mas uma cantina
italiana, uma gelateria e um espaço voltado à enogastronomia (só para maiores)
são outras opções. Por fim, o termo “spa” não está à toa no nome: no 1o andar,
o Mandí Nature Spa reúne uma gama consistente de tratamentos e massagens.
Por que é
bom para crianças
Os
personagens de Mauricio de Sousa fazem toda diferença. Presente também no
Bourbon de Foz do Iguaçu, a Turma da Mônica comanda a alegria da garotada. E
não são apenas Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão, mas a galera toda, do
Astronauta ao Jotalhão – ora representados por atores fantasiados, ora dando
nome a atividades no enorme kids club. No Espaço Chico Bento e no Sítio do
Vovô, os brinquedos manuais e a horta orgânica estimulam os sentidos das
crianças. Para a moçadinha mais velha, a moderna pista de boliche agrada em
cheio.
CAMPOS
DO JORDÃO (São Paulo)
8.
Vila Inglesa
Inaugurado
em 1947, o hotel foi um dos símbolos da elite paulistana que não tinha
residência de inverno em Campos. A construção em estilo normando logo virou
cartão-postal na saída da Vila Capivari em direção ao Pico do Itapeva. Coroando
os anos de glória, o local foi escolhido para ser a concentração do Brasil
antes do bi de 62, no Chile – claro que fotos de Pelé decoram o hotel.
Decadente
nos anos 90, fechado na década seguinte, o Vila Inglesa foi salvo pelo grupo do
Hotel Fazenda Mazzaropi, da vizinha Taubaté, que revitalizou e reabriu a
hospedagem. E, se a grife Mazzaropi está presente, pode ter certeza de que as
crianças terão tratamento especial – mesmo não sendo hotel-fazenda ou resort de
campo, mas apenas um hotel de serra. Com o mínimo de intervenção, a construção
principal nos remete ao passado.
O
imponente Bar da Torre, com seu piso de madeira encerado, sua enorme lareira de
pedra e a vista deslumbrante continua um cenário imbatível para um drinque. Os
quartos também foram pouco mexidos e permanecem pequenos, mas ganharam uma
providencial escadinha ao lado da pia para a garotada escovar os dentes. Ao
acordar de manhã, abra a janela: é quase certo que esquilos aparecerão para dar
seu cordial bom dia.
Entre a
portaria e a sede do hotel, é de babar a belíssima piscina térmica envidraçada
no gramadão. Ao lado, espreguiçadeiras convidam a um momento de leitura ou
contemplação da natureza. Para que os adultos possam relaxar ou dar uma
escapada até Campos, os monitores entram em ação com brincadeiras antigas e
atividades de sustentabilidade. Quando voltam a se encontrar, pais e filhos se
divertem juntos no passeio de bike-triciclo pela propriedade.
Por que é
bom para crianças
Poucas
construções charmosas como essa costumam hospedar crianças. Aqui há boas
programações especiais para elas, que incluem noções de sustentabilidade (com
visita à horta orgânica e ao minhocário) e brincadeiras mais lúdicas.
CAMPINAS (São Paulo)
9.
Royal Palm Resort
Cá entre
nós: um hotel instalado no principal acesso de uma das maiores cidades
brasileiras, junto a duas movimentadas rodovias, não parece ser um local para
lazer, correto? Pois o campineiro Royal Palm Resort subverte essa tese. Para
chegar lá, as ruas próximas não são nada bonitas, pelo contrário, mas a
impressão melhora ainda no lobby, no Bar Pessoa, uma homenagem ao escritor
português com citações grafadas nas paredes. Já ali, os drinques, a cerveja
gelada, as comidinhas e o serviço se harmonizam na excelência.
Tudo é
superlativo no Royal Palm, a começar pelos 500 quartos – 384 do Palm Plaza, 116
do The Palms, uma ala mais upscale do complexo, dotada de unidades mais
modernas, equipadas até com desembaçador instantâneo de espelho (como a seleção
lusa ficou concentrada ali na Copa de 2014, imagine o quanto Cristiano Ronaldo
não aproveitou da inovação…).
Com 38
salas e capacidade para 3 700 pessoas, a área de eventos é uma das maiores do
Brasil, o que faz o hotel receber tanto um grande público de convenções quanto,
sobretudo nos fins de semana, de famílias em busca de diversão, muitas delas
vindas de São Paulo, a apenas 1 hora de viagem.
Hotel
adentro, salta aos olhos o cênico conjunto aquático com águas bem azuis. As
piscinas adultas são climatizadas e equipadas com hidromassagem. Tão disputada
quanto a hidro são os gazebos e pufes paralelos à borda. Para as crianças, há
uma piscina rasinha com bicos jorrando água e uma outra com um balde gigante e
suspenso que, à medida que enche d’água, vira e encharca a molecada.
Com
bicicletas e esteiras com monitores digitais e um profissional na orientação
dos exercícios, a academia faz ótima companhia ao espaçoso spa no quesito
bem-estar. Mascotes do resort, a coelhinha Fofa Flor, o Comandante Átila e o
Capitão Currupaco Paco dão as caras na Miniville, que tem uma casa, um navio e
uma nave bem lúdicos nos quais as crianças pequenas se divertem.
Ao lado,
o Kata Kuta desafia jovens e adultos a encarar um mundo de aventuras. Ao entrar
em um “castelo medieval”, os participantes percorrem um circuito com escalada,
tirolesa e adivinhações em quase duas horas de adrenalina.
Por ser
administrado por uma família portuguesa, o sotaque da Terrinha está presente na
gastronomia – o quindim do Vila Royal, bufê onde são feitas as refeições
incluídas na diária, virou uma instituição. Opcional e à la carte, o
restaurante La Palette é ideal para um jantar romântico, e a Adega Cave do
Douro, aberta no inverno, serve a infalível dupla vinho/fondue.
Por que é
bom para crianças
Apesar de
atender muito bem o público de eventos, o Royal Palm virou uma ótima opção de
lazer de fim de semana para as famílias paulistanas, que no resort encontram
alimentação boa, variada e incluída, recreadores que fazem a garotada suar a
valer, piscinas infantis atraentes, Miniville com cara de parque temático,
ginásio coberto que salva a pátria nos dias chuvosos e uma sala de cinema com
sessão vespertina diariamente.
CESÁRIO
LANGE (São Paulo)
10.
Mavsa Resort Convention & Spa
Hoje um
resort com 120 quartos, oito refeições diárias e lazer de causar inveja, o
Mavsa chegou ao ponto de precisar identificar com pulseiras as crianças que
podem circular livremente, as que requerem monitores e as que só andam com
osresponsáveis. Porque dá mesmo pra se perder. Só no lago há caiaques,
pedalinhos, pranchas de SUP e uma banana boat (passeio pago à parte).
Entre as
piscinas, a externa tem toboágua e a térmica fica em local envidraçado para
você contemplar a paisagem. A dupla arvorismo/tirolesa está presente em um
circuito curto, mas é complementada por acrobacias de circo feitas com o
auxílio dos instrutores. No spa, os tratamentos também contemplam as crianças
com divertidos banhos aromáticos.
Remetendo
aos resorts de Orlando, a área da criançada é bem colorida – em uma espécie de
vila, ficam a sala de jogos e o bom kids club. Além dos incansáveis monitores,
quem brinca com a criançada é a Turma da Sabrina, do próprio resort. Na
minifazenda, vacas e galinhas são vizinhas de um espaço com animais da nossa
fauna, como ema e tucano. Antes de voltar aos amplos quartos, os hóspedes
encerram a noite na baladinha do bar, que lembra uma caverna.
Por que é
bom para crianças
Resort
que se preze separa as crianças dos pais. Enquanto a garotada se esbalda, os
adultos relaxam na piscina, sauna e afins. O Mavsa cumpre bem essa tarefa.
Apesar da monitoria começar aos 3 anos, os menorzinhos têm um espaço com berços
e brinquedos.
DOURADO (São Paulo)
11.
Santa Clara Eco Resort
Familiares
de Washington Luís, último mandatário da política do café com leite
(1898–1930), foram donos da sede da Fazenda Santa Clara, que começou com
quartos simples, como base de apoio para trilhas e cavalgadas na região, antes
de se transformar em um resort do primeiro time da hotelaria brasileira.
A lista
do que se pode fazer lá supera e muito um fim de semana. Só de piscinas, são
cinco – de água mineral, climatizada, com praia artificial, com toboágua e
térmica coberta. Cavalos estão a postos para equitação e trilhas, inclusive
para duas cachoeiras ótimas para banho. Nas quedas-d’água, pratica-se rapel,
mas a cereja do bolo é uma grande tirolesa.
Os
esportes radicais se completam com arvorismo adulto e infantil. Um deque sobre
o lago e o Spa by L’Occitane garantem o relax, enquanto a academia com vista
para o lago mantém a galera ativa. Entre as acomodações – todas confortáveis –,
os quartos da sede mantêm o clima de época com réplica de mobiliário antigo. As
demais unidades, amplas e modernas, têm até menu de travesseiros.
Por que é
bom para crianças
A partir
dos 3 anos, pode deixar a molecada com a monitoria que eles dão conta. Além das
tantas atividades citadas, a garotada tem uma brinquedoteca com muito espaço e
vários brinquedos lúdicos. Ao ar livre, a diversão é no playground em meio ao
gramado e na visita à minifazenda. A copa da mamãe é abastecida com frutas e,
nas refeições, há sempre duas papinhas diferentes para os bebês. Já as crianças
podem almoçar num horário diferente, com um menu especial para elas.
ITATIBA (São Paulo)
12.
Fazenda Dona Carolina
Dona
Carolina era a abolicionista proprietária da fazenda que, antes da Lei Áurea,
já havia libertado seus escravos. Senta que lá vem história – essa é apenas uma
contada para os hóspedes, que ouvem tudo entre bons sonhos, comida de fazenda,
muito lazer e uma paisagem pra lá de cênica.
Instalada
numa antiga fazenda cafeeira de 1872, a construção colonial parece cenário de
novela das seis. Feito o check-in, os hóspedes chegam a uma sala histórica e
seguem para os quartos com vista para o bosque ou as montanhas. O dia começa
com um lauto café da manhã servido numa varanda em contato com a natureza. A
partir daí, há quem prefira relaxar na piscina climatizada, mas a maioria sai
para explorar a fazenda com os monitores.
A
criançada adora vivenciar atividades rurais como a ordenha e os passeios de
charrete e trator. Para os adultos, dois tours percorrem o ciclo do cultivo do
café e da produção da cachaça, e não faltam cavalos para percorrer os 39 km de
trilha. Caiaques e tirolesas exploram o lago, atividades que, como as demais,
merecem ser feitas, já que a engorda nos dois restaurantes de fazenda é certa.
Para a digestão, a música ao vivo no Bar do Piano cai como uma luva.
Por que é
bom para crianças
Mais que
lazer, o hotel proporciona uma volta ao passado, contado de forma dinâmica. As
atividades de fazenda, como o passeio de trator e a ordenha da vaca, fogem do
lugar-comum. A copa da mamãe excede as expectativas com uma cesta cheia de
frutas fresquinhas.
LINS (São Paulo)
13.
Blue Tree Park Lins
Antes de
entrar no carro, rogue a São Pedro por céu azul, indispensável para você
aproveitar as piscinas termais e naturais do resort de Lins. A maior delas,
enorme, é separada em vários nichos, permitindo que um hóspede relaxe enquanto
rola uma aula de hidro de um lado e crianças curtem os toboáguas e brinquedos
aquáticos do outro. A água a 38ºC fica um pouco mais quente nas proximidades da
cascata que faz as vezes de massageador – por falar em massagem, o spa,
adjacente à cascata, tem uma gama de tratamentos que inclui até banho de
chocolate.
De volta
à água, o lago na entrada do resort permite contemplar patinhos e fisgar uma
tilápia, mas é especialmente interessante pela tirolesa e pela pista de cooper,
também usada para pedaladas. Para praticar outros esportes, ao lado da recepção
ficam as quadras.
Além das
brincadeiras aquáticas, os tios da recreação entram em cena com gincanas e
aulas de teatro e circo, enquanto os jogos eletrônicos fazem sucesso no kids
club. No jantar, o restaurante funciona com bufês temáticos e proporciona vista
das piscinas, que ficam iluminadas à noite. As crianças podem almoçar e jantar
com os monitores em um bufê próprio com muito bife e batata frita.
Por que é
bom para crianças
Não é um
dos mais extensos resorts de campo, o que facilita o monitoramento das crianças
pelos próprios pais. Piscinas de água quente são sempre um chamariz para
famílias, mas há muitas outras opções de lazer para a molecada. Menores de 3
anos têm um espaço com brinquedinhos e, cobrado à parte, a presença de babá
para tomar conta do baby.
MOGI
DAS CRUZES (São Paulo)
14.
Club Med Lake Paradise
O acesso
pela periferia de Mogi das Cruzes e Suzano pode assustar, mas basta atravessar
a portaria para o caminho cair no esquecimento. A reação agora é de
contemplação pura de cenários como o campo de golfe de 18 buracos e a bela
Represa de Taiaçupeba, que abastece as torneiras de toda a região.
O Lake
Paradise pertence ao time dos resorts gigantes com inúmeras coisas para fazer.
Desde 2016, está sob a chancela do Club Med, ou seja, ninguém fica parado por
lá. Quem comanda a bagunça são os GOs, ou gentis organizadores, como são
conhecidos os monitores da rede, que se diferem da recreação tradicional ao
interagir um pouco a mais com o hóspede, inclusive sentando à mesa com as
famílias durante as refeições.
Lembrando
uma escola voltada ao lazer, os GOs se encarregam de dar aulas de várias
modalidades. Vitrines do resort, o golfe e as atividades náuticas são as mais
requisitadas. Só profissionais conquistam os 18 buracos, mas os iniciantes se
divertem com as primeiras tacadas. Na represa, além dos caiaques e pranchas de
SUP, há aulas de vela para quem quer imergir no iatismo. A praia artificial que
ancora as embarcações serve ainda para aquela esticada na areia ou, com
cuidado, um banho na represa.
Sem a
balbúrdia de outros resorts (até porque o povo está bem distribuído), é
possível relaxar nas piscinas, duas climatizadas ao ar livre e uma térmica
fechada. Enquanto isso, drinques e petiscos saem freneticamente do bar. No time
dos esportes radicais, chamam a atenção o arvorismo em dois níveis e o
gigantesco trapézio montado ao lado da represa. Tênis e futebol são outros dois
esportes–alvo das aulas da monitoria.
As crianças
só encontram os pais na hora das refeições e do sono. No resto do dia, os GOs
se encarregam de cansá-las. A molecada entre 4 e 10 anos tem um clubinho
exclusivo para brincadeiras e aulas de culinária e artesanato. Para os
adolescentes, são reservadas atividades esportivas e artísticas, enquanto os
bebês têm à disposição uma brinquedoteca. Nos quartos, espaçosos e bem
equipados, a vista alcança a represa ou o golfe.
Francesa
e all-inclusive, a rede leva a sério a comilança, que o digam a seleção de pães
caseiros do café e o bufê de sorvetes que faz a criançada pirar na sobremesa do
almoço. O restaurante, bem decorado, tem “fundo infinito” para a represa.
Alternativa ao bufê, uma steak house serve pratos à la carte no jantar. O dia
se encerra com um show dos GOs, seguido de balada no bar principal.
Por que é
bom para crianças
O
incrível menu de atividades esportivas faz as crianças se desgarrarem dos pais.
Golfe, trapézio e vela já não são comuns em muitos resorts desse padrão, ainda
mais num hotel só. Em dois dias, é possível ter um primeiro contato com as três
modalidades.
Cada
bloco de apartamentos tem uma copa para os pais prepararem o alimento do bebê,
com leite, frutas e papinhas de vários sabores. O hotel disponibiliza carrinhos
de bebê e, fora da diária, arranja uma babá para cuidar dos pequeninos enquanto
os pais ganham um momento a sós.
SOCORRO (São Paulo)
15.
Fazenda Campo dos Sonhos
Até então
relegada ao turismo de compras, a vocação ecoturística de Socorro deu as caras
nos anos 90, apostando nas corredeiras do Rio do Peixe, que desce de MG. Mesmo
distante do rio, o Hotel Fazenda Campos dos Sonhos surgiu em 1994 com uma
proposta até hoje atual: focar em sustentabilidade e acessibilidade – há até
uma central telefônica para surdos-mudos, e as atividades para crianças com
necessidades especiais são regulares.
Campeão
de público, o hotel está sempre com seus 38 quartos e chalés rústicos cheios –
por isso, as reservas devem ser feitas com antecedência. Na portaria, o mapa
com as opções de lazer chega a espantar. Com quase todas as atividades
incluídas na diária, o vaivém de cavalos, charretes e tratores pelas trilhas é
intenso, e muita gente termina um passeio e já entra na espera para fazer
outro. Até caminhadas nas cercanias do hotel são feitas pelos instrutores, que
também acompanham a garotada para conhecer o apiário e a horta orgânica da
fazenda, além de ordenhar as vacas ao lado dos pais.
No lago,
navegado por caiaques, pedalinhos e uma réplica de caravela, há ainda a
adrenalina de uma tirolesa de 90 m e de dois circuitos de arvorismo. Na
brinquedoteca rolam oficinas artísticas, mas o melhor está mesmo ao ar livre:
um dos playgrounds simula uma estação ferroviária, e o outro tem gira-gira para
crianças cadeirantes. Não, o hotel não esqueceu as piscinas (tem acesso direto
à sauna, com hidro, térmicas…) nem os cachorros, que são bem-vindos no amplo
canil. Para encher a pança, as hortaliças orgânicas, os doces e os queijos são
da própria fazenda.
Por que é
bom para crianças
Se a
criança tiver limitação física, esse é o melhor hotel que se tem notícia no
Brasil, com instrutores preparados para auxiliar nas atividades. Além disso, a
molecada faz uma incursão pelo mundo rural, pelos esportes de aventura e toma
gosto pela vida ao ar livre.
TAUBATÉ (São Paulo)
16.
Fazenda Mazzaropi
Caso
alguém não saiba, o nome do aclamado hotel do Vale do Paraíba vem do ator e
cineasta Amácio Mazzaropi, famoso por transportar para as telas o personagem
Jeca Tatu, de Monteiro Lobato. Na década de 50, ele comprou essa propriedade
para construir um estúdio e um hotel para as gravações de seus filmes – foram
33, a maioria produzida no local. Hoje, os antigos estúdios deram lugar a um
centro de convenções, e a Casa do Jeca virou a réplica de uma típica casa
caipira. Mais que um hotel-fazenda, o Mazzaropi é um hotel da roça.
Fundamentais
na dinâmica do hotel, os “tios do Mazza” cativam a todos. Eles conclamam os adultos
a mexer os esqueletos em atividades esportivas e fazem as crianças andar de um
lado para o outro do hotel, movidas por contações de histórias caipiras,
ordenha de vaca, oficinas de artes, pescaria no lago e passeios de trem e a
cavalo. No meio do hotel, o complexo aquático pode não ser enorme, mas é bem
agradável, com toboágua e uma piscina térmica envidraçada. No seco, pais e
filhos pedalam juntos o triciclo num divertido rolê pela propriedade, que é
plana, arborizada e não muito extensa – dá para percorrê-la inteira.
Além das
três refeições, um café caipira no fim de tarde forra o estômago com bolo de
fubá, bolinho de chuva e outras delícias caseiras. Uma peça de teatro ligada ao
folclore geralmente é o último ato da recreação, às 21h30, quando a criançada
já está pronta para dormir.
Anexo ao
hotel, um interessante museu conta a vida de Mazzaropi e do estúdio, e, na
lojinha da recepção, há DVDs, pôsteres e lembranças do cineasta e da fazenda
(compre o doce de leite!)
Por que é
bom para crianças
Frequentado
eminentemente por famílias urbanas, o contato com o mundo caipira mexe com o
imaginário da criançada, que aprende um pouco sobre o universo da roça. Uma
animada e numerosa equipe de monitores emenda uma atividade na outra.
CANTAGALO (Rio de Janeiro)
17.
Fazenda Gamela Eco Resort
Hotéis
para famílias que contentem crianças pequenas é fácil de achar, mas e para os
adolescentes? Pois a Fazenda Gamela Eco Resort, na pequena Cantagalo, a 65 km
de Nova Friburgo, encontrou a fórmula num mix de atividades radicais e
monitoria voltada à interação da galera – há sempre uma baladinha com os hits
da vez para fechar a noite. Liderada por uma tirolesa de 1,2 km entre os
eucaliptos, a seção de esportes de aventura tem até uma recepção para explicar
a dinâmica das atividades.
Estão no
menu um circuito de tirolesas sobre as árvores, arvorismo, corridas de
orientação, um lamacento passeio off-road e uma corrida de balsas pelo lago,
onde também fica a tirolesa dos pequeninos. Para eles, aliás, há também uma
divertida visita à fazendinha para alimentar cabras e bodes, e um Mini Clube
com escorregador conectado à piscina de bolinhas.
Quem
gosta de cavalgar pode explorar a área de reflorestamento do hotel, embora a
atividade mais universal seja o prosaico esquibunda. Em uma lona molhada
colocada em cima de um barranco, adultos, jovens e crianças deslizam sem freio
e direção, para delírio dos espectadores.
Quem não
quiser fazer atividade alguma e ainda assim perder peso, pode recorrer ao spa e
seu bufê de baixas calorias no horário das refeições. Agora, se você não for
spasiano, prepara-se para ver estragos na balança. Aos sábados, um bufê de
feijoada é montado no restaurante, mas a maioria dos hóspedes fica na piscina,
onde circula um churrasco à moda de viola. À noite, para arrematar, são
servidas pizzas no jantar.
Por que é
bom pra crianças (e teens)
Poucos
hotéis no Brasil têm uma preocupação tão grande com adolescentes. Fora do lugar
comum, a programação investe em esportes de aventura e muita movimentação pela
área da fazenda. Nas refeições, o bufê montado para crianças não se resume a um
ou dois pratos. Pra coroar, à noite sempre rola uma baladinha com os hits da
moda.
CONSERVATÓRIA (Rio de Janeiro)
18.
Fazenda Florença
Durante
boa parte do século 19 e início do século 20, o café dominou a economia e a
política brasileiras, especialmente no Vale do Paraíba, entre SP e RJ. Os
barões do café habitavam as casas grandes das fazendas, que pipocaram na
região. O tempo passou, e muitas das propriedades que não caíram em ruínas se
tornaram fazendas com algum uso turístico – geralmente um day use para conhecer
a história do lugar e saborear um autêntico café da época, ou um hotel que
transporta os hóspedes no tempo. Desse time faz parte a Fazenda Florença, de
1852, localizada a 3 km do centro da musical Conservatória, famosa pelas serestas nas noites de sexta e sábado.
Cenário de novelas como A Escrava Isaura e Dona Beija, a casa-grande é a
moradia do proprietário Paulo Roberto dos Santos, que a mostra apenas em
visitas guiadas, exibindo mobília, vestuário e objetos dessa fase transitória
do Brasil Império para a República.
Depois da
aula de história, a hora do recreio: enquanto os adultos relaxam na piscina,
jogam tênis na quadra de saibro ou se exercitam na academia, a criançada vai
brincar à moda antiga. Sob a supervisão dos monitores, elas correm atrás das
galinhas no gramado, vão à fazendinha ver coelhos e avestruzes, brincam de
roda, se divertem no playground de madeira e até aprendem a fazer biscoitos.
As suítes
têm um inconfundível estilo colonial por fora, mas internamente tendem ao
moderno, com decoração mais clean e camas king-size. Nas refeições, o
restaurante D. João se sai muito bem com geleias e bolos caseiros no desjejum,
almoço mineiro no fogão a lenha e massas no jantar. Quem tiver pique para uma
atividade noturna extra-hotel, pode curtir uma seresta pelas ruas estreitas do
centrinho de Conservatória.
Por que é
bom para crianças
Os
pequenos aprendem sem esforço (e in loco) um capítulo interessante da nossa
história, conhecem brincadeiras antigas e fazem diversas atividades ao ar
livre, em contraste à vida indoor.
TERESÓPOLIS (Rio de Janeiro)
19.
Le Canton
Em um
vistoso vale na Serra Fluminense entre Teresópolis e Nova Friburgo, o complexo
hoteleiro do Le Canton remete tanto a uma vila suíça, com construções alpinas e
medievais, quanto a um parque temático – inclusive nas dimensões, já que é o
maior resort de campo/serra do Rio de Janeiro. O hotel divide-se em três alas.
Sua história começou no Village, considerado o centro do complexo, onde estão
recepção, restaurantes, bares, o maior número de quartos, o conjunto de
piscinas e um castelo medieval, com pistas de boliche e patinação, no térreo, e
um enorme kids club, no andar superior, digno de bufês infantis com
brinquedões, escorregadores e piscina de bolinhas.
A 550 m
dali, o Magique tem temática medieval, a ala mais nova de quartos e o Canton
Ville, onde fica o Parc Magique – um parque de diversão com roda-gigante, trem
fantasma, carrinho bate-bate, jogos de realidade virtual e tudo mais. Ao lado
do Parc Magique, encontra-se uma rampa indoor de boias canadenses (para
deslizar na neve) e esquis, simulando uma descida no gelo – há até um
teleférico alpino para levar os praticantes ao topo. Hóspedes do Magique fazem
as refeições no Village – quem achá-lo muito longe pode recorrer a uma van para
ir até lá.
A 2 km, a
terceira ala é a Fazendinha, que só abre para hospedagem em determinadas épocas
(consulte). Por causa da distância, as refeições são feitas por aqui, embora
também haja um traslado para o Village. Por causa da produção de queijos e
doces e da área da minifazenda, com cavalos, cabras e galinhas, os hóspedes das
outras alas visitam a Fazendinha.
O lazer
dito tradicional fica no Village, aí incluídas as quadras esportivas e as
piscinas, a principal delas com hidro aquecida, duas raias semiolímpicas e
toboágua. A única piscina térmica coberta é cobrada e fica dentro do Spa
L’Occitane. As outras atrações pagas à parte são a pista de boliche (para quem
não está hospedado no Parc Magique) e a pista de boia canadense – essas duas
atividades, aliás, abertas a não hóspedes.
A dupla
radical arvorismo/tirolesa ganha aqui a companhia de skates e um campo para a
prática de paintball. Apesar das três alas e das variadas configurações, os
quartos têm o mesmo (bom) nível de conforto, com enxoval de primeira linha,
equipamentos novos e decoração clean. As três refeições incluídas na diária são
feitas em um restaurante central (à exceção da galera do Fazendinha, que come
por lá), mas os hóspedes ainda têm como opções de alimentação uma pizzaria, uma
cave especializada em fondues e racletes e vários bares que servem de sandubas
mais leves a cervejas artesanais.
Por que é
bom para crianças
A área de
lazer proporciona tantas atividades inusitadas que agrada em cheio desde os
bebês até os adolescentes. Para os mais novos, há um espaço com tapete EVA e
brinquedos mais lúdicos. Divididas em duas faixas etárias, o restante da
garotada corre atrás dos tios da recreação por toda a área do hotel, dedicando
um espaço grande para o Parc Magique e a pista de boia canadense.
MANGARATIBA (Rio de Janeiro)
20.
Portobello Resort & Safári
Esqueça
aqueles resortões com a praia longe, o som no talo da piscina e o bar molhado
no meio. O Portobello é intimista, e a praia está na sua cara, a uns dez passos
de caminhada. Um dos resorts pioneiros do país, o luxo aqui é o clima de uma
casa de praia mais ampliada. Apesar da área ampla, tudo se mostra à mão. Logo
de cara, chama a atenção o teto de sapê que dá um toque balinês à construção do
lobby e do restaurante principal.
Os
quartos ocupam uma ala com dois andares e são todos de frente para a deliciosa
praia – quem se hospeda embaixo está a um pequeno gramado de se esticar na
areia. Localizado em condomínio de frente para a linda baía da Ilha Grande, o
resort convida à alternância entre um banho de mar e um de piscina (obviamente
construída com uma hidro de cara pro mar). Do outro lado da Rio–Santos – mas
sem perrengue, porque o acesso se dá por um túnel – ficam as quadras esportivas
e uma minifazenda. O melhor, porém, está logo adiante. Pago à parte, o safári
que integra o nome do hotel embarca os hóspedes numa Land Rover para ver 500
exemplares das faunas brasileira, africana e europeia, entre macacos, antílopes
e zebras, vivendo soltos aos pés da Serra do Mar.
Porque é
bom para crianças
A praia
tranquila, a minifazenda e o safári já garantem boa distração, e a garotada
ainda tem um kids club grande, cheio de brinquedos. Nas férias escolares,
costuma ter clínicas de futebol realizadas por clubes europeus – na Copa de
2014, o resort foi a sede da Itália.
CAETÉ (Minas Gerais)
21.
Tauá
A
história da rede começou no terreno às margens da ainda perigosa BR-381, no
distrito de Roças Novas, a 65 km de BH. E o que era um hotel-fazenda de médio
porte se transformou, em 32 anos, em um resort de 349 quartos, com uma área de
lazer a perder de vista. Como o hotel cresceu mais que o previsto no terreno
acidentado, o público da terceira idade pode ter algum problema na locomoção.
Quanto à
garotada, os pais é que se virem para acompanhá-los. Logo no check-in, enquanto
os adultos resolvem a burocracia, os Taualegres (monitores do resort) puxam os
pequenos para si, prenunciando momentos de muita diversão. Nessa hora, as
crianças são apresentadas ao esquilo Pepito, o mascote da rede. Um mapa ajuda a
não se perder pelo hotel, ao menos no primeiro dia. Certo é que os adultos
estarão ou no complexo de piscinas ao ar livre ou na piscina térmica ou na
moderna academia. Feitas num amplo restaurante com vista panorâmica, as
refeições precedem, à noite, um showzinho no bar e animadas disputas na pista
de boliche.
Porque é
bom para crianças
A
diversão no Tauá começa no berço, em um espaço para crianças de até 3 anos que
simula o fundo do mar, com direito a aquários reais. Os mais grandinhos contam
com um kids club com brinquedão, um playground ao ar livre e uma casa na
árvore. Passeios de pônei são realizados numa fazendinha. Mas o cartão de
visitas do lazer é mesmo o Jota City, um espaço voltado para a sustentabilidade
e inovações tecnológicas em que as crianças aprendem conceitos sobre o tema de
forma divertida – ou seja, brincando bastante.
FOZ
DO IGUAÇU (Paraná)
22.
Mabu Thermas Grand Resort
Segundo
maior aquífero do mundo, o Guarani não apenas passa debaixo do Mabu como
abastece suas piscinas com água a 36ºC. Tem filho alérgico? Nada de cloro por
aqui! As piscinas são o filé do bem localizado resort, relativamente próximo
das cataratas, da ponte para a Argentina e do centro de Foz. Da grande piscina
termal dos primórdios, o resort incorporou um playground aquático e uma praia
artificial que simula até o granulado da areia (ideal para os pequenos no
rasinho).
As
crianças dividem seu tempo entre as piscinas e a área do Sítio do Picapau
Amarelo. Isso mesmo: o Mabu trouxe ao hotel a turminha de Monteiro Lobato. Um
enorme gramado vira o sítio – tem até a Casa da Dona Benta, onde ela conta
histórias de Lobato enquanto a Tia Nastácia prepara bolinhos para a garotada.
Monitores trajados de Pedrinho e Narizinho levam as crianças para pescar no
lago.
Para
teens e adultos, o resort tem quadras esportivas, salão de jogos e uma
tirolesa. Antes all-inclusive, o Mabu passou a ter, no máximo, pensão completa,
já que os hóspedes passeiam muito na estadia.
Por que é
bom para crianças
Foz do
Iguaçu é um estrondoso sucesso turístico entre famílias. Impulsionada pelas
cataratas, o destino ganhou outros diversos (e bons) atrativos ao longo dos
anos. Ficar no Mabu é um ótimo pretexto para ampliar a estadia e aproveitar
melhor as piscinas quentinhas, o universo de Monteiro Lobato, as quadras e as
facilidades de um hotel de lazer.
GASPAR (Santa Catarina)
23.
Fazzenda Park
Pesque-pague
de origem, o Fazzenda Park (com dois zês mesmo) tornou-se um dos grandes
resorts de campo do Brasil, com 249 acomodações – todas com vista para o
belíssimo vale de mata nativa que envolve o hotel. Passada a portaria, a
fazenda brinda o visitante com um grande lago habitado por patos, marrecos,
pedalinhos, caiaques e pranchas de stand up. Uma ponte suspensa dá acesso à
Ilha da Fantasia, lar de aves que se sentem em seu perfeito habitat. Ao lado do
lago, a baia de cavalos e charretes tem animais prontinhos para cavalgar pelas
trilhas – que também podem ser feitas de bicicleta ou quadriciclo.
Disputada
no calor, a piscina principal é eclipsada pelas piscinas térmicas nos meses
amenos – aqui, maioria ao longo do ano. Na mata fechada, o circuito de
arvorismo faz o praticante se sentir um Tarzan moderno, quadras poliesportivas
e campos de futebol ajudam na interação dos hóspedes, e o kids club cumpre sua
função com brinquedos de plástico e piscina de bolinhas. Além das três
refeições, petiscos ficam à disposição entre 11h e 12h no bar da piscina,
escoltados de chope e caipirinha. No fim de tarde, um café com bolos e tortas
meio que elimina a necessidade de jantar.
Por que é
bom para crianças
A
política de não deixar as crianças paradas é adotada no resort, com atividades
que vão até depois do jantar. O contato com a natureza se faz presente nas atividades
no lago e no meio da mata, enquanto as aulas de culinária despertam o interesse
pela arte de cozinhar.
FLORIANÓPOLIS (Santa Catarina)
24.
Costão do Santinho
Os
carrinhos de golfe logo no check-in denunciam: o terreno é grande. E
acidentado. Maior resort do Sul, o Costão soma 597 quartos em 14 vilas e no
chamado Hotel Internacional, que tem as acomodações mais novas e fica aos pés
do Morro da Aranha. Área de proteção ambiental, o morro guarda pinturas
rupestres que podem ser vistas numa caminhada fácil – mais complicado será
deslizar de sandboard nas dunas adjacentes.
Elitista
no (distante) campo de golfe, o resort não se esqueceu do esporte de Guga
Kuerten, filho pródigo de Floripa. O complexo de tênis – de responsa – já foi
palco até de jogos da Davis. Como o frio é inclemente em parte do ano, as
piscinas abertas são climatizadas e há térmicas cobertas. O spa é superlativo,
embora perca em popularidade para os ofurôs e a hidro com vista da praia.
Falando nela, uma escola de surfe monta ponto na areia, chance para os ratinhos
de praia se iniciarem no esporte – se a recreação deixar: o dia todo a molecada
entra em trilhas, faz arvorismo, brinca no kids club. All-inclusive, o Costão
espalha locais de comes e bebes, mas o limite de reservas nos restaurantes à la
carte (italiano, japonês e contemporâneo) varia com a duração da estadia.
Por que é
bom para crianças
Entre os
resorts litorâneos do país, o Costão é um dos que reúnem a maior variedade de
lazer e entretenimento. Ao ar livre ou indoor, a molecada curte de aulas de
circo a peças teatrais. Nas férias, clínicas de tênis e futebol são frequentes.
Para os menores de 3 anos, a área de brincadeiras fica ao lado de uma copinha.
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